A indústria 4.0 é um movimento de transformação que vem revolucionando a forma que as empresas fabricam, melhoram e distribuem seus produtos.

Tecnologias potencializadoras e capacitadoras estão sendo cada vez mais integradas ao chão de fábrica e ao pensamento estratégico da organização, elevando seu patamar produtivo.

Entre elas, podemos citar algumas que servem de pilar para o desenvolvimento da indústria 4.0, como a Internet of Things (IoT), cloud computing, análise de dados, inteligência artificial e machine learning.

No momento em que uma empresa se adequa à indústria 4.0, sua produção muda. O desenvolvimento de fábricas inteligentes oferece uma oportunidade incrível para os fabricantes que estão entrando na quarta revolução industrial.

Quer saber como? A análise de grandes quantidades de dados coletados de sensores no chão de fábrica garante visibilidade em tempo real dos ativos de manufatura.

Assim, a empresa tem total controle sobre o que acontece e como os processos são conduzidos na fábrica. O resultado é uma maior produtividade na indústria. Essa é apenas uma das formas de utilizar os recursos provenientes dos avanços da indústria 4.0.

A bem da verdade, esse é um tema que exige uma compreensão bastante aprofundada, e dada a grande dimensão e importância da indústria 4.0, preparamos este post para esclarecer a você os verdadeiros contornos desse termo.

Então, se você deseja saber mais a respeito, basta seguir com a leitura!

Indústria 4.0: afinal, você sabe realmente o significado?

A indústria 4.0 refere-se à rápida digitalização na manufatura nos dias atuais. Não é nem uma tecnologia em si, nem um modelo de negócio. É, na verdade, uma abordagem que busca resultados industriais que não eram possíveis há 15, 10 ou mesmo 5 anos atrás.

Trata-se da combinação de inovações e tecnologias digitais (avanços como robótica e inteligência artificial, sensores sofisticados, etc), capazes de revolucionar a produção industrial.

Porém, talvez você se pergunte: “de onde vem o 4.0 nisso tudo?”

Vamos lá:

Por gerações, os processos e técnicas de manufatura evoluíram e ajudaram as empresas a melhorar sua produção, desempenho e rendimento. Cada grande avanço foi ilustrado, nos livros de História, como uma revolução.
As revoluções industriais, lembra?

1- A primeira com a máquina a vapor e o tear mecânico dos anos 1700.

2- A segunda com o aproveitamento da eletricidade e a produção em massa no início do século 20.

3- Já a terceira com a influência do computador de manufatura pós-Segunda Guerra Mundial, na década de 1950.

Assim, é possível se referir ao “4.0” como a quarta revolução industrial significativa. Ou seja, a introdução de tecnologia e dispositivos inteligentes para realmente automatizar boa parte dos processos operacionais e mesmo estratégicos.

É aqui que o conceito de “produção inteligente” entra em cena como uma real possibilidade. O objetivo é simples: agilizar o nível e a qualidade produtiva, de forma que a indústria alinhe-se à demanda de um mundo cada vez mais populoso e exigente.

Na prática, isso se traduz em um maior potencial competitivo para as empresas, que vão reduzir custos e potencializar a produção de maneira padronizada do chão de fábrica.

As revoluções até Automação Industrial

A história da evolução da indústria passa por períodos de Revolução, para fins de grupos de estudos temos a primeira Revolução Industrial no século 18, que foi o aperfeiçoamento da máquina a vapor por James Watt, colocando a indústria têxtil como símbolo da produção excedente, gerando a riqueza da época, criando umnovo mod elo econômico.

A primeira revolução industrial foi de aproximadamente 200 anos (1712-1913), quando Henry Ford criou a linha de produção em massa, onde definimos a segunda Revolução Industrial, fazendo a produção empurrada, criando o conceito da produção em escala, reduzindo o custo e popularizando o produto, para que a massa trabalhadora pudesse adquirir, criando um ciclo virtuoso na indústria e na economia.

Esse período durou próximo de 60 anos (1913-1969), onde entramos na era da automação, sendo nossa terceira Revolução Industrial, que foi a implantação de computadores no chão-de-fábrica, colocando controles eletrônicos, sensores e dispositivos capazes de gerenciar uma grande quantidade de variáveis de produção, permitindo a tomada de decisões de controle de dispositivos de forma autônoma, o impacto foi a elevação da qualidade dos produtos, o aumento da produção, a gestão dos custos e a elevação da segurança na produção.

O período da terceira Revolução Industrial durou cerca de 40 anos (1969-2010), vemos que estes intervalos vêm diminuindo, inaugurando uma nova era, ainda em transição, cujo maior protagonista é a Internet, que já está consolidada entre as pessoas como um grande canal de comunicação convergente de todas as tecnologias, agora sendo colocado dentro da indústria com seus conceitos, adaptados a máquinas e equipamentos.

Quando dizemos que a internet está na indústria, no meio produtivo, devemos pensar num ambiente onde todos os equipamentos e máquinas estão conectadas em redes e disponibilizando informações de forma única, esse conceito é chamado de Internet das Coisas.

O conceito por trás da Indústria 4.0

Em linhas bem pontuais, podemos entender a indústria 4.0 como um novo paradigma de produção desenvolvido nas empresas. É o resultado da quarta revolução industrial, a qual trouxe como marca um significativo avanço na relação entre homem e máquina.

Sua origem real data do início da década de 2010, com a primeira menção em um documento do governo alemão.

Tratava-se de um plano para praticamente automatizar toda manufatura industrial do país, de forma que operasse com base em computadores e sem intervenção humana.

Lembra que falamos de “autonomia”? É aqui que o conceito se agrega à indústria 4.0.

É ela inclusive que, hoje, impulsiona uma série de avanços no processo produtivo, trazendo um aspecto mais elaborado em relação ao uso da tecnologia. Assim, eleva o ideal de automatização para um patamar bem acima do que a indústria está habituada.

Em razão da sua íntima relação com atributos como conectividade, inteligência artificial, data science, IoT, machine learning, big data e tantos outros, a indústria 4.0 efetiva um fenômeno bastante amplo dentro das organizações.

O movimento pode transformar a maneira como máquinas se comunicam e utilizam as informações para otimizar o processo de produção, tornando-o mais econômico, ágil e autônomo.

Cenário atual da indústria 4.0 no Brasil hoje

Apesar de não soar como algo recente, o termo indústria 4.0 ainda se mostra bastante desconhecido aqui no Brasil.

Segundo dados de 2018, apresentados pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), menos de 2% das organizações do país estão verdadeiramente imersas nisso de maneira prática.

Um desperdício se você analisar os dados: a Indústria 4.0 tem capacidade de movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, também de acordo com a ABDI.

Diante desses números, fica claro que, no Brasil, ainda há muito para amadurecer nas empresas quando o assunto é a aderência ao conceito da indústria 4.0. Para o futuro, no entanto, espera-se que essa tendência ganhe força, alinhando-se ao cenário de países em que a indústria está mais associada à tecnologia e à inovação.

No momento, porém, esse movimento de modernização da indústria ainda está em um estágio inicial no Brasil. As empresas, em grande parte, permanecem associadas aos tradicionais modelos de produção, pouco sofisticados e dependentes de processos manuais e intervenções humanas. Contudo, uma pesquisa da Fiesp indica que o grau de conhecimento das empresas com foco industrial sobre o conceito de indústria 4.0 está em uma crescente.

Muitos gestores já enxergam esse movimento como uma oportunidade, e não como risco. Ou seja, a tendência é que a indústria 4.0 se inclua de maneira gradual nas empresas, conforme elas sintam a necessidade de inovar e, principalmente, sintam que estão preparadas para investir nesse campo.

Segundo especialistas da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a aderência à indústria 4.0 deverá acontecer de maneira gradual: em 10 anos, estima-se que 15% das empresas do setor de manufatura já tenham esse conceito inserido em suas atividades.

Quais as propostas no Brasil para a Indústria 4.0?

No Brasil, apesar da lenta aceleração inicial acerca do movimento da indústria 4.0, já se enxergam iniciativas que visam sua expansão.

O governo, inclusive, é quem encabeça um projeto importante de fomentação da indústria 4.0. Já existe, por exemplo, uma agenda brasileira sobre o tema que é capitaneada pelo Ministério da Indústria, Comércio e Serviços.

Ela ainda está em fase de desenvolvimento, mas já conta com um Grupo de Trabalho criado, com mais de 50 instituições representativas unidas em prol do debate. No GT, fazem parte, além de empresas e do governo, representantes da sociedade civil organizada.

De acordo com o governo brasileiro, há alguns temas prioritários sendo discutidos com frequência, como:

• Startups;
• Test beds;
• Fábricas do futuro;
• Um novo mercado de trabalho;
• Massificação do uso de tecnologias digitais;
• Mudanças na estrutura das cadeias produtivas;
• Aumento da competitividade das empresas brasileiras.

Entre os passos da jornada para a indústria 4.0, o governo pretende contribuir para uma melhor educação das empresas e de seus gestores.

Assim, planeja também realizar incentivos para que as organizações brasileiras tirem suas ideias do papel e possam, a partir daí, firmar parcerias estratégicas com empresas de todo mundo.

Profissionais e carreiras na era da Indústria 4.0

Sem dúvidas, um dos aspectos que vai sofrer mais alterações e verdadeiras transformações com a indústria 4.0 são as pessoas. Há um medo latente de que, com a quarta revolução industrial, o emprego das pessoas estejam seriamente comprometido. No entanto, a indústria 4.0 não se trata disso.

De forma natural, algumas funções acabam perdendo seu propósito.

É o caso clássico do relojoeiro, que ajustava relógios de pulso ou de parede. Hoje, esse profissional não é mais necessário.

No entanto, a indústria 4.0 em si vai precisar ainda de muita mão de obra, mas não necessariamente na primeira linha de produção. Porém, entenda: isso não significa que o chão de fábrica clássico não vai mais existir.
Existem atividades que apenas são feitas de forma perfeita com a intervenção humana — ao menos em algum grau.

O que a indústria 4.0 propõe é evoluir alguns postos de trabalho, exigindo uma melhor qualificação para que sejam ocupados. Isso significa que haverá cada vez menos pessoas em áreas operacionais, e mais em setores estratégicos.

Um passo natural para os profissionais, não algo impensável. É o que mostra uma pesquisa do Senai, divulgada em matéria da Agência Brasil, sobre a evolução no setor automotivo.


Amplamente conhecido por seu alto nível de automação produtiva, estima-se que entre 31% e 50% das empresas do segmento vá criar novas vagas para:

• mecânicos de telemetria;
• técnico em informática veicular;
• mecânico para veículos híbridos;
• programador de unidades de controles eletrônicos;

A pesquisa ainda lista cerca de 30 novas profissões que vão ser criadas na indústria 4.0 e ressalta a importância da qualificação profissional.

Além disso, as “soft skills” ganharão papel chave na manutenção e criação dos times de trabalho.

Ainda assim, não há como negar, certos grupos demonstram preocupação com o tema e suas consequências econômicas e sociais. É uma pauta que certamente necessita ser estudada para evoluir.

Impactos da Indústria 4.0 no Brasil e no mundo

Ao mergulhar no significado da indústria 4.0, é impossível não pensar nos seus impactos.

Graças aos avanços fora do Brasil, é possível ter uma medida de como ela afeta a indústria como um todo — tanto positiva quanto negativamente.

Impactos positivos

Ao alinhar a automação com os procedimentos de coleta e troca de dados, a adoção dos conceitos da Indústria 4.0 pode, sem dúvida, proporcionar às fábricas maior eficiência em seus processos.

A simplificação dos processos e o aumento do acesso a dados úteis ajudam a maximizar a produtividade e minimizar a quantidade de recursos usados.

Com menos dinheiro gasto em materiais e mão de obra, e menos rejeições de clientes e contratempos de fabricação, a indústria 4.0 também ajuda os fabricantes a impulsionar a produtividade e o crescimento da receita.

Outra maneira importante pela qual a Indústria 4.0 pode impactar a manufatura é promovendo interações mais próximas com os clientes.

A tecnologia, os dados e as informações que podem ajudar a transformar as operações de manufatura também podem tornar os processos e sistemas mais responsivos, tudo de acordo com as necessidades do cliente.

Os recursos exclusivos das tecnologias interconectadas permitem que os fabricantes respondam e se adaptem mais rapidamente às solicitações dos clientes.

É algo que possibilita o desenvolvimento de pedidos personalizados com menos trabalho e tempo de configuração do que na fabricação tradicional.

Impactos negativos

Em um artigo científico escrito por acadêmicos da PUC de Curitiba, intitulado de “The impact of the fourth industrial revolution: a cross-country/region comparison”, os possíveis impactos negativos da indústria 4.0 são colocados à prova.

Dentre os os objetivos da quarta revolução industrial, um chamou a atenção dos acadêmicos de forma negativa e que, segundo eles, está em falta nas políticas públicas relacionadas ao tema:

O desenvolvimento de um sistema ou filosofia de gestão de produção que realmente ajude as empresas a lidar com o nível de demanda do futuro.

De acordo com os estudos, há uma necessidade latente de unir uma nova e transformada visão gerencial aos temas considerados pilares da indústria 4.0.

Quais são os pilares da Indústria 4.0?

Um estudo do Boston Consulting Group mapeou 9 pilares por trás da indústria 4.0. São eles:

Robôs autônomos: Os robôs fornecem uma gama cada vez maior de serviços e estão se tornando mais autônomos, flexíveis e cooperativos. Eles irão interagir uns com os outros e trabalhar com segurança com humanos (o termo “cobotics” é usado para descrever robôs que ajudam os operadores a realizar suas tarefas).

Big data e data analytics: A análise dos grandes volumes de dados vai otimizar a qualidade da produção, economizar energia e melhorar os serviços. Também aqui, o objetivo é permitir a tomada de decisões em tempo real.
Cibersegurança: Os protocolos de conectividade e comunicação estão se tornando a norma. Sistemas sofisticados de gerenciamento de identidade e acesso à máquina serão usados para fornecer comunicações seguras e confiáveis.

Cloud computing: Os processos operacionais da Indústria 4.0 requerem mais compartilhamento de dados entre sites e empresas. O desempenho das tecnologias de nuvem vai melhorar, alcançando tempos de resposta de meros milissegundos.

Fabricação aditiva: Tecnologias de impressão 3D serão escolhidas por seu alto desempenho na produção de pequenos lotes de produtos customizados.

Integração horizontal e vertical dos sistemas: Hoje, os sistemas de informação não estão totalmente integrados. Mas com a Indústria 4.0, toda a organização estará interconectada e as empresas estarão conectadas umas às outras.

Internet das Coisas Industrial: Com ela, um número cada vez maior de produtos incorpora inteligência e será conectado usando protocolos padrão. Isso descentraliza a análise e a tomada de decisões, permitindo respostas em tempo real.

Realidade aumentada: Essas ferramentas fornecerão aos operadores as informações em tempo real de que precisam para tomar decisões mais rápidas e para melhorar os processos de trabalho.

Simulação: Vai aproveitar os dados em tempo real para espelhar o mundo físico em um modelo virtual que incluirá máquinas, produtos e humanos.

Quais os principais benefícios da indústria 4.0?

Em um cenário onde a indústria 4.0 é a realidade, as empresas agregam ainda mais valor quando combinam dados das operações de produção com os dados operacionais do ERP, cadeia de suprimentos, atendimento ao cliente e outros sistemas corporativos.

Assim, é possível criar novos níveis de visibilidade e percepção a partir de informações anteriormente isoladas.

Essa maturidade tecnológica leva a vários benefícios para a empresa, como:

• maior nível de automação;
• melhor aplicação da manutenção preditiva;
• possibilidade de auto-otimização de melhorias de processo;
• novo nível de eficiência e capacidade de resposta aos clientes.

Além disso, o uso de dispositivos IoT em fábricas inteligentes leva a maior produtividade e qualidade aprimorada. Substituir a inspeção manual por insights visuais alimentados por IA reduz os erros de fabricação e economiza tempo e dinheiro.

Com um investimento mínimo, o time de controle de qualidade pode configurar em seu smartphone conectado à nuvem o monitoramento dos processos de fabricação de praticamente qualquer lugar.

E ainda, ao aplicar algoritmos de aprendizado de máquina, os fabricantes podem detectar erros imediatamente, em vez de em estágios posteriores, quando o trabalho de reparo é mais caro.

Desafios e expectativas da Indústria 4.0

Ao investir em tecnologias inteligentes para o desenvolvimento da indústria 4.0, é necessário se atentar aos desafios dessa implementação.

 

Além dos obstáculos evidentes no que diz respeito ao capital e ao acesso às inovações, é preciso considerar também:

Lacuna nas habilidades técnicas

Seus funcionários conseguem acompanhar as novas demandas do mercado?

Ao procurar preencher as vagas em aberto, procure candidatos que possuam “destreza digital”, pois entendem tanto os processos de manufatura quanto as ferramentas digitais que suportam esses processos.

Somente com a força de trabalho certa os modelos de negócios serão capazes de implementar com sucesso novas tecnologias e manter as operações.

 

Sensibilidade de dados

O aumento da tecnologia também levou a preocupações crescentes com relação à privacidade, propriedade e gerenciamento de dados.

Um exemplo comum? Para implementar com sucesso um algoritmo de IA, são necessários dados para treiná-lo e testá-lo. Para que isso aconteça, os dados devem ser compartilhados.

No entanto, muitas empresas relutam em compartilhar suas informações com desenvolvedores de soluções terceirizadas.

Além disso, as políticas atuais de governança de dados para uso interno nas organizações são inadequadas quando o assunto é o seu compartilhamento entre organizações.

 

Segurança

Quando várias máquinas e dispositivos estão conectados a uma ou várias redes em uma fábrica inteligente, as vulnerabilidades em qualquer uma dessas peças do equipamento podem tornar o sistema vulnerável a ataques.

Para ajudar a combater esse problema, as empresas precisam antecipar as vulnerabilidades do sistema corporativo e as vulnerabilidades operacionais no nível da máquina.

 

Dados mais precisos e centrais

À medida que mais empresas se tornam dependentes do uso de IA, mais dados são gerados em um ritmo maior e em vários formatos.

Para percorrer essas vastas quantidades de dados, os algoritmos de IA precisam ser mais fáceis de compreender.

Além disso, esses algoritmos precisam ser capazes de combinar dados que podem ser de diferentes tipos e prazos.

Características da Indústria 4.0

A dimensão da indústria 4.0 é bem grande.

Hoje, esse termo já está associado a uma série de outras tecnologias, fomentando um ambiente pautado em uma inovação constantemente maior dentro da indústria.

Diferentes características da indústria 4.0 formam subsídios mais do que suficientes para se afirmar que, no futuro, as suas vantagens e aplicações estarão presentes em uma quantidade muito maior de negócios, transformando significativamente o mercado.

A utilização de linhas de produção mais elaboradas, a comunicação ativa e a possibilidade de gerenciamento mais aprofundado são exemplos.

Elas trarão mais performance aos processos ao minimizar a ocorrência de erros, desperdício de insumos e principalmente de tempo — ativo cada dia mais valioso para as empresas.
No mesmo sentido, a capacidade de trabalhar ainda mais apoiada em dados e informações do mercado ajudarão a indústria a acompanhar as mudanças nos hábitos de consumo e nas demandas dos consumidores, seja em B2B ou B2C.

Porém, vale destacar que apesar desse cenário, as empresas podem trazer os avanços da indústria 4.0 para os seus processos de maneira gradual e estratégica, a partir de um bom planejamento. Além disso, deve-se mencionar também que à medida que o conceito se fortalece e a tecnologia se aprimora, a tendência é que tudo que se relaciona a ele fique mais acessível.

Por fim, é de suma importância destacar o impacto da indústria 4.0 na geração e manutenção de postos de trabalho.

Isso porque estamos falando de um fenômeno que, em essência, atua com a automação da operação das empresas, tema que repercute diretamente na oferta de empregos.

O fato é que as mudanças proporcionadas pela crescente inovação exigirão um capital humano mais qualificado, mais apto a lidar com automação e preparado para agir de maneira mais estratégica e menos operacional.

Consequências da Indústria 4.0 nas empresas

Como qualquer processo evolutivo, mudanças são necessárias e os desafios são inerentes a esse fenômeno.

Logo, a indústria 4.0 também sofrerá com alguns percalços ao longo da sua jornada de implementação na cultura e na realidade prática das empresas.

A título de exemplo, a grande utilização e a necessidade de se trabalhar em plataformas digitais e parques de TI poderão expor as empresas a riscos ainda maiores de invasão de dados e quebra de segurança da informação, o que causaria danos consideráveis.

Outro desafio a ser superado, sobretudo no Brasil, é o custo da inovação. Como é sabido, inovar por aqui custa mais caro que em outros países.

Isso acaba por pesar no orçamento das companhias e atrasar um pouco os avanços.

Como as empresas podem se preparar para a indústria 4.0?

Há um caminho único para a consolidação da indústria 4.0? De forma prática, não.

Muito embora a teoria direcione as empresas a adotar as tecnologias mais acessíveis no momento e, em um ritmo escalável, potencializar sua maturidade tecnológica, o primeiro passo essencial pode ser definido em: Conhecimento!

É necessário se inteirar sobre o tema, estudar, entender como a sua empresa e a sua indústria se encaixam no contexto da inovação, da automação, da geração e do processamento de dados.

Ao gestor, cabe olhar para o seu cliente e então entender como remodelar seus processos, de forma que nenhum dinheiro seja desperdiçado no processo. Após isso, o ideal é se voltar para as tecnologias mais básicas de todo processo de renovação.

E não falamos “básicas” no sentido de limitadas, mas de serem essenciais, como sistemas de gestão integrada, que vão unificar os setores do negócio e tornar toda análise estrutural mais transparente, ágil e assertiva.

Tecnologias de destaque da Indústria 4.0

Feitas todas essas considerações, é preciso mostrar também um pouco da indústria 4.0 na prática, isto é, como esse conceito tem se materializado no interior das fábricas e quais inovações têm contribuído para o seu funcionamento.

Vejamos:

IoT

Certamente uma das tendências mais importantes para a disseminação da indústria 4.0, a internet das coisas é, hoje, o que viabiliza grande parte da automação do chão das fábricas.

Por meio de sistemas, sensores e recursos de comunicação, a IoT permite aos gestores e líderes acompanhar os processos de forma profunda, avaliando o desempenho em cada etapa e em tempo real.

 

Cloud Computing

A computação em nuvem teve um crescimento assustador nos últimos anos.

A aplicação desse conceito nas organizações atingiu um patamar extremamente elevado, otimizando os custos com infraestrutura de TI, comunicação e armazenamento de dados.

Atualmente, a cloud computing garante um aspecto mais virtualizado às empresas, dando mais mobilidade, escalabilidade e segurança aos processos.

 

Big Data e Analytics

Em razão do crescente volume de dados produzidos pelas companhias e da importância deles para a condução dos negócios, big data e analytics se tornaram termos comuns dentro da dinâmica da indústria 4.0.

Em um modelo focado em resultados e otimizações, nada é perdido.

Cada dado, estruturado ou não, tem a capacidade de gerar algo produtivo para as empresas.

Tudo com uso de ferramentas robustas de análises, as quais são capazes de coletar, armazenar e estruturar um volume descomunal de informações e gerar insights valiosos para os tomadores de decisão.

 

Cobots

Essa tecnologia é baseada em robôs colaborativos, os quais atuam em conjunto com os recursos humanos, auxiliando-os em tarefas manuais e que não são totalmente automatizadas.

Por exemplo, já foi apresentado uma ferramenta desse tipo que se acoplava ao braço de um humano como um exoesqueleto pneumático, conectando os movimentos sensitivos humanos à precisão e agilidade do robô.

 

Digital Twin

O gêmeo digital, como também é conhecido, é uma tecnologia capaz de gerar simulações virtuais em projetos das mais variadas espécies, desde um carro até uma complexa turbina de avião.

O propósito dessa ferramenta é simular, de forma precisa e econômica, o passo a passo de todo o processo, verificando a viabilidade, a ocorrência de falhas, as fragilidades e todos os aspectos informativos que um protótipo físico poderia fornecer aos projetistas.

A partir dela, é possível testar o produto de forma digital, sem que isso implique gastos e um grande aparato técnico.

 

Inteligência artificial

A Inteligência Artificial permite que as empresas aproveitem ao máximo o volume de informações geradas não apenas no chão de fábrica, mas em suas unidades de negócios e até mesmo de parceiros e fontes de terceiros.

Assim, é possível criar insights que fornecem visibilidade, previsibilidade e automação de operações e processos de negócios.

 

Drones

O uso de drones se assemelha ao de sensores inteligentes.

A partir da leitura aprofundada dos drones, é possível mapear aspectos como avanço de uma obra ou fatores geográficos que devem ser monitorados constantemente em construções de alto risco.

 

Sistemas de gestão

Como reforçamos anteriormente, sistemas de gestão são as tecnologias que vão servir de base para a implementação de todas as outras.

É necessário contar com uma plataforma completa e robusta, que possa servir de vetor para interconectar todas as outras inovações.

Assim, é possível não apenas melhorar seu nível de gestão, mas também fortalecer o controle sobre os processos e suas execuções em tempo real, com total domínio dos dados e informações.

Impacto das tecnologias nos variados sistemas

Entendendo a Indústria 4.0 como uma evolução dos sistemas produtivos industriais, podemos listar alguns benéficos previstos e já estudados e baseados no impacto:

  • Redução de Custos
  • Economia de Energia
  • Aumento da Segurança
  • Conservação Ambiental
  • Redução de Erros
  • Fim do Desperdício
  • Transparência nos Negócios
  • Aumento da Qualidade de Vida
  • Personalização e Escala sem Precedentes

A tecnologia base responsável por este conceito é o IoT – Internet of Things (Internet das Coisas) e o M2M – Machine to Machine (Máquina para Máquina).

A Internet das Coisas, como comentado anteriormente é a conexão lógica de todos os dispositivos e meios relacionados ao ambiente produtivo em questão, os sensores, transmissores, computadores, células de produção, sistema de planejamento produtivo, diretrizes estratégicas da indústria, informações de governo, clima, fornecedores, tudo sendo gravado e analisado em um banco de dados.

A ideia de Máquina para Máquina é a interconexão entre células de produção, os sistemas passam a trocar informações entre si, de forma autônoma, tomando decisões de produção, custo, contingencia, segurança, através de um modelo de inteligência artificial, complementado pela IoT.

Para que este sistema funcione, entregando os benefícios acima previstos, novas tecnologias para a Automação Industrial surgiram e muitas delas oriundas do mundo da TI Tecnologia da Informação, perfazendo a convergência destes dois mundos, entre elas podemos citar as principais:

  • Uso do Protocolo IPV6 (ampliação dos pontos de conexão IP de todos Devices);
  • Uso do Wireless (ampla utilização de redes sem fio);
  • Uso de Virtualização (criação de diversos computadores a partir de softwares);
  • Uso de Cloud (as informações estarão na Nuvem – compartilhada)
  • Uso do Big Data (todas as informações reunidas, de forma dinâmica para tomada de decisões);
  • Uso de RFID (todo movimento de materiais é rastreado com todas as informações).


A partir das principais tecnologias acima citadas, podemos entender que teremos uma nova realidade produtiva, tudo estará conectado para que as melhores decisões de produção, custo e segurança sejam tomadas, tudo sob demanda e em tempo real.

Como dizemos estamos vivendo uma transição entre a Terceira Revolução e a Quarta Revolução Industrial, a Indústria 4.0 e, para que se estabeleça um caminho para a implantação, é importante entender este momento.
Atualmente os sistemas de automação devem estar orientados a aumento da produção, redução de custos e visão nas mudanças tecnológicas, para isso a plataforma técnica deve estar estruturada com redes industriais, sistemas de otimização e banco de dados.

Entendendo que a partir do uso das premissas anteriores, o amadurecimento operacional, levará a esta nova demanda, onde a visão da Indústria 4.0 estará orientada a eficiência energética, integração da cadeira produtiva e orientação produtiva via BI (Business Intelligence), onde a estruturação técnica levará ao controle de processos descentralizado, todos os ativos estarão on-line e as tomadas de decisões serão baseadas no Big Data.


Com isso, a Indústria 4.0, a partir de nosso momento atual, nos remete a entender sua tendência no meio produtivo e propomos a observar as seguintes tendências que já estão em movimento no meio industrial:

  • Interconexão “Das Coisas” numa Única Rede (Internet) através do IPv6 na Nuvem – Cloud;
  • Geração, envio, acúmulo e análise de dados no Big Data – modelagem para tomada de decisões autônomas;
  • Onipresença da Informação, não importa onde você esteja, a interação é em tempo real.

Concluímos que a Indústria 4.0 é um novo conceito que seguramente será uma realidade, mudará a forma como lidamos hoje com a produção de bens de consumo e materiais, tendo uma melhor distribuição de riquezas e um planeta mais sustentável.

Por fim, como vimos, a indústria 4.0 aos poucos vem se tornando uma realidade por aqui.

Tudo indica que, em um futuro próximo, esse movimento se tornará ainda mais presente na rotina dos negócios, promovendo otimizações jamais vistas até então.

É importante para contribuir com o aprendizado de outras pessoas.

A Revolution of Mind está pronta para contribuir com o aprendizado de sua empresa, fale com a gente.

Promovemos a Revolução da Mente com materiais modernos, conceitos atualizados com a Era Exponencial (Indústria 4.0) com flexibilidade e eficiência.

Impulsionando resultados

Customizamos cada projeto conforme a necessidade do cliente.
Saiba como podemos ajudá-lo!

Contate-nos